Era uma vez um bom velhinho que vivia no Pólo Norte. Todos os dias, Noel sentava em sua cadeira de balanço após um duro dia na fábrica de presentes, e assistia todos os talks-show americanos. Tentava responder a todas as perguntas e quando não conseguia, ele não se irritava. Apenas ria, e ria sem parar: ho-ho-ho! ho-ho-ho! ho-ho-ho!
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Ho-ho-ho!
sábado, 15 de novembro de 2008
E então, viveram felizes para sempre...
A ficção é uma maravilha. Pense em quão bom seria poder viver a vida dos personagens dos nossos filmes ou livros prediletos. Os personagens podem tudo, fazem tudo sem ter um arranhão. Às vezes, até têm, mas no capítulo seguinte, já estão recuperados. Quer coisa melhor do que poder ressuscitar? Ou então, melhor ainda. Ressuscitar sendo beijada por um lindo príncipe, como aconteceu em Branca de Neve e os sete anões. Imagine se tivéssemos esse poder e o príncipe fosse Gael Garcia Bernal... Aposto que deu um suspiro.
Ou então, imagine uma historinha clichê, como aquelas dos contos de fadas. O príncipe e a princesa se apaixonam e vivem a mais fantástica história de amor... que bom seria trazer isso pra vida real. Acordarmos todos lindos, cheirosos, com o cabelo arrumadinho, dentro de um castelo. Quer história mais linda do que a da Bela e a Fera? O amor deles é capaz de vencer o mais poderoso feitiço. A Fera volta a ser um lindo príncipe e então, Bela e ele vivem felizes para sempre. Embora o verdadeiro amor possa vencer todas as barreiras, aqui no mundo real, a Fera continua sendo Fera e a Bela, com o passar do tempo, deixa de ser bela.
Estou lendo um livro chamado "Você já pensou em escrever um livro?", de Sonia Belloto. Nele, a autora mostra o imenso poder que a leitura tem sobre nós. Há um trecho interessante que diz:
"Neste exato momento, se você parar de ler por alguns instantes e prestar atenção, vai perceber uma leve coceira em algum ponto do seu corpo. Pode ser bem sutil, mas está coçando. Pare e sinta. Viu como eu tinha razão?".
Esse trecho comprova que, de certa forma, vivemos a vida dos personagens (mesmo que seja apenas por alguns instantes) quando nos envolvemos na leitura. Claro que é uma pena não podermos trazer os príncipes, as princesas e os sete anões para a nossa realidade. A única solução que nos resta é nos contentar com os sapos, as bruxas e os preguiçosos.
Ah, mas o que importa? Vivendo em um mundo perfeito, ou não, o importante é viver.