segunda-feira, 13 de julho de 2009

Opa! Isso pega!

Você já se pegou falando ou pensando igual a seu pai ou a sua mãe? Pois é. Ultimamente, isso vem acontecendo comigo. E então, percebo que amadureci e que aquela garotinha viciada nas fofocas dos artistas está tirando um cochilo dentro de mim. Essa sensação passou a acontecer depois que tive a minha segunda decepção amorosa e daí por diante aprendi que a vida não é o conto de fadas que eu sonhava e que ela é o que eu vivo.
Quando mais nova, sempre gostei muito de assistir desfiles e programas para 'reformar' o visual. Ainda acho interessante, mas se eu me pego vendo algo do tipo, sinto um vazio tão grande, como se estivesse perdendo um tempo precioso de minha vida fazendo algo que não vai me acrescentar absolutamente nada. Pelo contrário, vai me fazer ficar 'depressiva' por não ter 5.000 reais para comprar o mesmo casaco que Gisele Bundchen usou em um desfile.
Noutro dia, abri um blog que discute 'moda'. A roupa que usar no inverno. O sapato que todas as mulheres modernas usam. O batom do verão. O corte de cabelo dos famosos. Textos mal-escritos com zilhões de informações inúteis sobre como ser igual a todo mundo. Está certo que uma pessoa bem-vestida chama mais a atenção, mas do que adianta estar nos 'trinques' e com a cara de dor por causa daquele sapatinho lindo que destrui o pé?!
Hoje em dia, não entendo como as pessoas se deixam levar (e levar mesmo!) pelas tendências. Se Valentino cria uma coleção de inverno, própria para o frio dos EUA ou da Europa, imediatamente, os estilistas daqui copiam e dois segundos depois, em pleno sol de meio-dia às quatro da tarde, podemos encontrar moças jovens, bonitas e suando feio porcas, mas por dentro da moda (da Europa!), enroladas em cachecóis, casacos e com botas de cano alto. O mesmo acontece com os figurinos das novelas. Você anda pelas ruas e se depara com vinte indianos com pedrinhas nas testas e roupas largas. Parece até uma doença contagiosa! Todo mundo com os mesmos 'sintomas' e seguindo a mesma regra. Todos igualzinhos.
Enfim, há gosto pra tudo. Ah, quem dera se o hábito de leitura contagiasse como os cachecóis...



domingo, 24 de maio de 2009

Existe livre arbítrio?

ar.bí.trio: s. m. 1. Resolução que depende só da vontade. 2. Julgamento de árbitros. 3. Opinião, voto. 4. Expediente, alvitre.

Nas relações pessoais, profissionais e intelectuais escolhemos sempre aquilo que realmente queremos? Para tudo temos que respeitar certas regras, certos limites e para isso, temos que escolher. Sempre escolher, e como disse Cecília Meireles, "ou isto ou aquilo". Se quisermos o isto, não teremos aquilo. E claro, se o isto nos causar mais benefícios e for mais tangível, claro que ele será o escolhido.
Poucos escolhem a adversidade. E sem querer, fui umas dessas pessoas. Algumas vezes foi por espontânea vontade, outras por ironia do destino. Minha mãe sempre quis que eu fosse pediatra, minha tia queria que eu fosse engenheira e eu curso Letras. Queria que meu primeiro beijo fosse na beira da praia com o garoto mais lindo do mundo e foi enquanto eu assistia televisão e o garoto não era tão parecido com o princípe que eu havia idelizado. Queria gostar de matemática, mas amo a língua brasileira.
Certa vez, minha prima me disse: "Fazemos o que gostamos por hobby, o que não gostamos fazemos por dinheiro". Sim, posso até concordar em certo ponto, mas e quanto à liberdade de escolha? Escolhi Letras não por ser mais fácil do que Medicina ou Engenharia, e sim porque era o que eu realmente queria. E assim deveria ser com tudo o que fazemos e sentimos, não é mesmo? Hoje em dia - e talvez tenha sido sempre assim - o que confirma a paixão é a marca do carro ou a sua situação financeira. Poucos são aqueles que se deixam levar por aquele mágico frio na barriga ou borboletas no estômago.
Posso parecer uma tola sonhadora e de fato, sou até sonhadora, mas não tola. Tolos são aqueles que fazem o que não gostam por dinheiro e acabam infelizes. Tolos são aqueles que deixaram de sonhar, de acreditar, de amar, de viver. Eu vivo, eu amo, eu acredito, eu sonho. E é por isto que eu escrevo: para me libertar! Apenas as palavras conseguem expressar o que eu penso, o que eu desejo. E o que eu desejo neste momento é LI-BER-DA-DE!

Devaneio

Vivemos em um mundo capitalista! Sei disso, sabemos disso! Hoje navegando pelo site azul, fui atualizar minha amiguinha virtual. Nesse momento percebi que cada ação que eu praticasse, eram necessárias uma, duas, três moedas de ouro. Foi então que vi que fui procurar saber o que deveria fazer para ganhar mais ouro. Poderia ser trabalhar, talvez. E com isso, o BuddyPoke se tornaria um daqueles joguinhos clássicos do Gamezer, por exemplo. Mas não! Eu me enganei! É preciso COMPRAR as moedinhas! Comprar com o nosso dinheirinho de verdade. Algo que era só para diversão, serve para encher o bolso de alguém muito, muito, muito rico! 200 moedas para pokear um amigo, custam 25 reais. Imagino quantas criaturas irão preferir pagar para dar um abraço de urso via poke do que abraçar o "amigo" pessoalmente. Incrível a que ponto chegou a ambição do ser humano. Até os pobres coitados dos bonequinhos-robôs são comerciados, assim como as pessoas.
Minha indignação não é por causa de uma "vida" virtual. Tudo o que temos é reflexo daquilo que somos. Vemos todos os dias, pessoas que matam por dinheiro, que sequestram por dinheiro, que dão a vida por dinheiro. Que mundo é esse? Esse não é o mundo que quero deixar para meus filhos. Se hoje está assim, me pergunto como estará daqui a 50, 70 anos. Isto é, se ele ainda existir, claro.
O que ainda resta aos poucos que acreditam em um milagre é sonhar. Sonhar com um mundo melhor, com uma vida melhor mesmo que digam que não vale a pena, mesmo que digam que tudo não passa de uma ilusão. Eu tenho orgulho de dizer que acredito, que sonho, que tenho fé. E você, de qual lado está? Dos sonhadores ou dos "realistas"?
PS: Aos meus leitores queridos e adorados, prometo que em breve escreverei algo que preste!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Opinião

É, eu sei. Abandonei o blog! Mas agora, vou tentar voltar. Estou cheia de idéias, mas com pouco tempo. Quando tenho algum tempo, volto para o meu infinito Irmãos Karamazov, de Dotoiévisk. Enfim, há muitos contratempos, sem hífen (?). Ora! comecemos.
Hoje recebi uma mensagem que me chamou a atenção pra uma coisinha. Quase todas as mensagens prontas tem sempre uma frase do tipo "Não tema parecer ridículo" ou então "Ligue pra fulano e se declare". Está certo que tudo isso é muito bonito, mas cadê o bom senso na história? Matam o coitado sem mais nem menos.
Imagine que você está numa reunião de trabalho, com o chefe e mais cinco empresários vindos do exterior, só que você está pensando no baile que terá sexta a noite. E então, sente uma vontade incontrolável de dançar. O que você vai fazer? Tirar o paletó, subir na pesa e colocar para fora o dançarino que há dentro de você? Bem, se você quiser perder o emprego, claro, vá em frente. No entanto, essa não seria a reação de uma pessoa com bons modos, ou modos considerados normais. Se bem que, o que é NORMAL hoje em dia? Em alguns filmes de Sessão da Tarde é onde mais vemos isso. Sempre tem um maluco pra fazer as coisas mais hilárias e ainda conseguir arrancar uns risinhos e se tornar o preferido do chefe. Tudo ficção.
É aquela velha história que ouvimos de nossos pais quando somos crianças ou adolescentes. Provavelmente todo mundo já passou pela situação de querer ir em alguma festinha e pedir permissão aos pais, com a desculpa de que Fulaninho vai também. E aí, o pai ou a mãe vira e solta aquela famosíssima frase: "Se Fulaninho colocasse a cabeça debaixo do trem, você colocaria também?".
Aí, fico pensando nas pessoas que escrevem essas coisas. Provavelmente são mais covardes do que uma zebra, se é que as zebras são covardes... Duvido que elas mesmas seguem os conselhos que dão. É como diz aquele velho ditado: "Se conselho fosse bom, não seria de graça". Está certo, que conselho de pai, mãe ou algum parente que te queira bem sempre é útil, por mais inútil que pareça. Enfim, é isso. Só queria deixar aqui a minha opinião. Vai que alguém lê...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Diga, meu amo!

Por que sempre que queremos muito alguma coisa, temos a sensação de que ela nos é cada vez mais impossível? Ah, como seria se o bendito gênio da lâmpada viesse para nossas vidas, resolvesse todos os nossos problemas e tornasse real todos os nossos sonhos? Com apenas três pedidos, aquele grande gênio azul do Aladin viria e puft! Um avião rodopiaria no céu, deixando escrito "SONHO REALIZADO". E então, viveríamos felizes para sempre. Ah, é claro que para isso, deveríamos pedir o "sempre", só que nunca ninguém se satisfaz com a mesmice e então, como seria? Dar adeus a tudo que conseguiu com a mágica do gênio e viver in/feliz como antes?
Fico pensando: "e se isto realmente fosse possível ?". Se sem gênios e sem lâmpadas o mundo é egoísta, como seria se cada um tivesse o seu capricho realizado? E se duas pessoas quisessem a mesma coisa ao mesmo tempo? Voltaríamos ao presente, sem nenhum progresso. E o que ganharíamos? Experiência ou vontade de matar aquele que acabou com o seu sonho? Provavelmente, a segunda opção venceria por maioria de votos. Quase ninguém é bondoso o suficiente para ceder o seu maior sonho so seu melhor amigo. É claro que há exceções, pouquíssimas e raríssimas, mas há.
Quando eu era criança, morria de vontade de ser a Sabrina, aquela bruxinha adolescente da tv. Ficava encantada e ao mesmo tempo com raiva daqueles poderes mágicos. Para conseguir qualquer coisa, ela só precisava piscar os olhos, falar algumas frases bobas e pronto. Conseguia tudo o que quisesse, menos o amor. Nesse, ela não podia usar os poderes. Para isso, havia/há o livre arbítrio. É certo que de vez em quando, dá uma vontade de querer mandar - ou ao menos indicar um caminho - no coração de certas pessoas; aquelas que tiram seu fôlego, só de chegar perto, que te fazem sonhar e choramingar por todos os cantos da casa, só porque existem, mas não para você. É fato também, que isso daria uma confusão e com certeza, não daria certo. A graça, a mágica do amor está na conquista, mesmo que seja a mais lenta de todas. No final, isso sim vale a pena! E isso não é só no amor, mas também no trabalho, escola, faculdade: tudo conquistado vale mais a pena!
Não precisamos de gênios, lâmpadas. Precisamos de amor, de carinho, de solidariedade, de trabalho e paciência! Afinal, por mais que pareça que nunca dará certo, dará. De um jeito ou de outro! Somos brasileiros e o que um brasileiro não consegue com o famoso jeitinho?

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

2000inove

"Inovar é um colírio para a vista cansada da mesmice/ Inovar é descobrir um caminho no meio do óbvio." Este é o novo e fantástico slogan da Agência Bradesco. O que me chamou a atenção foi o trocadilho que qualquer um de nós podíamos ter feito e não o fizemos, ou se fizemos, não tivemos dinheiro para publicar para o mundo inteiro. O fato é que 2000inove, já por sua própria sonoridade, indica um ano de mudanças, de inovação. Sei que parece bobagem, mas cada dia é um milagre, afinal, com tantas coisas acontecendo ao redor do mundo, fica impossível saber se o amanhã realmente chegará. Sempre nos dizem aquele velho e monótono ditado: "Nunca deixe para amanhã o que pode fazer hoje", a fim de que nós acordemos e mergulhemos de vez em cada dia. Com certeza, é impossível acordar todos os dias com um sorriso de orelha a orelha, mas só o fato de estarmos vivos, com saúde e debaixo de um teto já é um excelente motivo para dar pelo menos um único sorriso ao abrir os olhos e enxergar a vida. Por isso, proponho um acordo clichê, que sirva tanto para este novo ano como para os próximos. O acordo é simples: apenas respire e siga adiante. É, respire para as situações difíceis e faça uma contagem regressiva. Se a contagem não funcionar, exploda! Diga tudo o que tem que dizer, mas não olhe para trás. Como já disse em outro post, as palavras tem poder e é impossível voltar no tempo, pelo menos por enquanto, por isso evite brigas, discussões, arranhões. "Curta a vida ao máximo, porque ela é curta." O dinheiro não é o suficiente para sair e passar um tempinho de repouso na Grécia? Leia um livro. Pegue um bem grandão mesmo, com uma boa história e leia, sem compromisso. Se não gostar, escolha outro; se gostar, vá até o fim. Faça parte do mundo do livro, entre, se esconda nos cantinhos de cada página e observe um novo mundo diante dos seus olhos. Ligue o ventilador se estiver calor, feche os olhos e se imagine em uma praia magnífica, balançando em uma rede e tomando água de côco geladinha, ou para aqueles que preferem, uma cervejinha no capricho! O importante é relaxar, mesmo que seja debaixo de um ventilador. Tente não olhar para trás e pensar no que poderia ter feito e não fez. Se concentre no futuro, porque o presente amanhã, já será passado. Tire a máscara e seja quem você é, onde quer que esteja.

Pense chore grite cante pule dance corra brinque pergunte fale acredite ame beije morda abrace plante caia levante recomece viva!

Feliz Ano Novo! Feliz 2009.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ho-ho-ho!

Era uma vez um bom velhinho que vivia no Pólo Norte. Todos os dias, Noel sentava em sua cadeira de balanço após um duro dia na fábrica de presentes, e assistia todos os talks-show americanos. Tentava responder a todas as perguntas e quando não conseguia, ele não se irritava. Apenas ria, e ria sem parar: ho-ho-ho! ho-ho-ho! ho-ho-ho!

Às vezes, e quase sempre, de tanto rir e balançar a enorme barriga, derrubava o seu copão de coca-cola, sujando toda a poltrona. Ah, mas ele não precisava se preocupar em limpá-la. Os duentes da Xuxa estavam lá para isso. Além disso, ele também tinha a ajuda da fofinha Mamãe Noel. De tanto fast-food, principalmente hambúguer do Mc Donald's, ele e a esposa engordavam dia após dia.
A casa de Noel era pequena e aconchegante. Na sala, havia uma lareira, uma poltrona, uma cadeira de balanço, uma mesinha, um televisão de plasma 42'' e alguns banquinhos junto à parede. No quarto, uma cama de solteiro para a Mamãe Noel. Noel dormia na sala, em sua poltrona, já que roncava muito e incomodava a esposinha. No banheiro, uma banheira limpinha, limpinha que quase nunca fora usada, já que eles tinham cheirinho de doce de criança( que também eram produtos da Fábrica Noel & Cia). E assim era a casa do bom velhinho.
Na garagem, um pouco distante de sua Mercedes, haviam as renas. Ah, essas sim eram os xodós do homem. Noel as treinava durante todo o ano e as ensinava a não andar feito gazelas. Ele pulava, saltava, rebolava e dava inúmeros exemplos mostrando o que as reninhas não poderiam fazer. E elas se divertiam. Um duente certa vez, chegou a filmar essas peripécias do velhinho e publicou o vídeo no YouTube. Ih! Foi uma confusão só. Papai Noel se enfezou e processou o pobre duente. E já que ele era ilegalizado, conseguiu mandá-lo de volta para a Casa Rosa.
Rudolph era a rena favorita de Noel. Ela tinha nariz vermelho e era um poço de bondade. Sempre o acompanhava em seus passeios noturnos.
Quando chegava o mês de dezembro, as renas começavam a pular, pular e metiam os chifres na parede para chamar a atenção de Noel. E então, ele ia lá para acalmá-las gargalhando "ho-ho-ho!". A partir do dia 1º, era contagem regressiva para o dia 25.
A produção na fábrica era acelerada. Alguns duendes caíam doentes, devido a tanta pressão. "Rápido, rápido, as crianças nos esperam" gritava o bom velhinho.
Finalmente, quando chegava o dia 25 de dezembro, o dia do Natal, Noel levantava bem cedinho, colocava seus óculos pequeninos, olhava pela janela e observava com um sorriso a neve caindo. Rapidamente, vestia suas calças vermelhas e ia acordar mamãe Noel: "Acorda, minha velha. Chegou o Natal! Ho-ho-ho! ". E ela, rabugenta respondia: "Tá bom, meu velho. Agora, vá escovar esses dentes! Que bafo terrível." E voltava a adormecer. O velhinho corria para o banheiro, pegava sua escova (em formato de rena) e escovava os pequenos dentinhos. Depois, com um pente, penteava sua enorme barba e passava creme Elsève para desembaraçar os seus brancos cachos. Depois de se arrumar, corria para a fábrica e organizava as listas de presente de todo o mundo. Pronto. Tudo estava perfeito. Os presentes estavam nos sacos, separados de acordo com idade, país e religião. Às 22 horas, Noel se despedia da esposinha e partia alegremente para praticar sua boa ação. E todo ano era sempre a mesma coisa: o velho ficava preso na chaminé. Então, ele precisava comer o biscoitinho da Alice (é, aquele biscoitinho que fez a Alice diminuir quando estava no mundo do livro) para poder descer tranquilamente e colocar os presentinhos debaixo das árvores. À meia noite, Noel e suas renas subiam e faziam a tradicional imagem na Lua.
Depois de uma cansativa volta pelo mundo, Noel ia pro bar do Bin e em troca de alguns presentinhos, bebia uma, duas, três, dez garrafas de Skol. Ao sair, vermelhinho como uma maça, Noel gritava: "Feliz Natal! Ho-ho-ho! Feliz ich Na...ich... tal!". E a sua voz ecoava docemente por todo o mundo.
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Fim.

Feliz Natal antecipado!