quarta-feira, 28 de maio de 2008

"As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental".

Assim disse o meu querido Vinícius de Moraes. Mulherengo, é claro que ele estava falando da beleza física; mas como poeta, com certeza quis enfatizar também a importância da beleza interior. Afinal, qual delas é a mais importante? A felicidade está em um rosto ou em um coração bonito?
Como muitas meninas, sempre sonhei em encontrar um príncipe encantado perfeito por dentro e por fora. Com um tempo, percebi que isso é praticamente impossível; pelo menos ainda não tive nenhuma experiência que me fizesse crer em tal possibilidade. Quando a pessoa é bonita, normalmente tende a ter uma conversa chata, ser incoveniente e achar que pode tudo por ter aquele rostinho dos sonhos. Já quando a beleza não é tão evidente, conversa de um jeito que faz você querer ouvir aquela voz todos os dias de sua vida. Até que um dia, você se surpreende ao enxergar um príncipe ao invés de sapo.
Engraçado como o mais comum de se encontrar são casais em que a menina é bonita e o menino é feio ou vice-versa; o que me faz lembrar de dois ditados: "Quem gosta de beleza interior é arquiteto!" dizem as más línguas. "Ouça a voz do coração." dizem os românticos. Penderei pro lado dos românticos, afinal do que adianta estar com alguém belo e sem conteúdo? A única serventia é beijar na boca e tirar muitas fotos para matar as amigas de inveja.
É claro que não descarto a beleza exterior. Ela é importante sim, mas mais importante que isso é a personalidade, o caráter de cada um! O bom é ter alguém que você ame e que te ame também; que te faça sorrir, que te faça pensar, que te faça sonhar. Dentro de algum tempo, esse alguém se tornará a pessoa mais linda que já conheceu em toda sua vida, seja ele bonito ou feio.

Como dizia o poeta
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não
Vinícius de Moraes

Separados Pelo Casamento?

Casamento. Qual será o segredo pra que ele dê certo? Encontrar a pessoa certa, com certeza é o primeiro passo. E depois? O que fazer para que o relacionamento dê certo?
Estive em uma festa de casamento no fim de semana passado quando surgiu uma discussão na mesa. Depois que acontece o casamento, o amor acaba! Argumentavam sobre vários casais que moravam junto há muito tempo e foram separados pelo casamento. Isso me faz lembrar uma frase do filme Recém-Casados, em que o bonitão Ashton Kutcher diz: "Tivemos um namoro perfeito destruído pelo casamento". É claro que nem sempre isso é verdade. E quando é, as pessoas tendem a culpar qualquer um pelo que está acontecendo, até mesmo o pobre do cachorro que estava na porta da igreja no instante da união. Culpam a noiva que se esqueceu de algo azul; ou se esqueceu de ter algo novo; ou se esqueceu de algo emprestado! Bobagem. Tudo isso é tradição, ou melhor, o que era tradição, hoje é superstição! Se tiver que dar certo, vai dar. Até porque, se depender da 'tradição', ela já terá algo emprestado que é o vestido ou no caso de alguns, o próprio noivo (cedido pelo mãe ciumenta); o algo azul pode ser a manta da própria Virgem Maria ou se for em Igreja Evangélica, um belíssimo céu azul pintado no altar; o algo novo, a própria vida que terá um novo começo! Pronto, resolvido!
Nada dará certo se não tivermos esperança que dê. Nesse mundo cheio de violência, movido pela mídia, tráfico, desrespeito é difícil encontrar uma só pessoa que consiga ver o lado positivo de todos os fatos e que sempre esteja brincando com o Jogo do Contente como a Polliana. Muitos casais quando se casam ou vão morar juntos logo procuram (esperando não achar) os defeitos do outro! De tanto procurar, acham mais do que sonhavam em "não" encontrar! E então, ocorre a separação. E o culpado quem é? As madrinhas? Os padrinhos? Os convidados? Os salgadinhos da festa? Não! O próprio casal! Apesar de haver alguns casamentos que são dissolvidos por conta de mãos maldosas que cortam o último fio de amor, a maioria se desfaz por culpa do marido e da mulher. São eles os responsáveis por sua felicidade. O que Deus uniu, nenhum homem é capaz de separar. O amor é como um rio que se entrega para o mar. É preciso dar para receber. Ao invés de culpar a primeira sombra que passar pela frente, pense um pouco e perceba que o único responsável por sua felicidade é você!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O dia seguinte

Publicidade. O que os publicitários não fazem por uma boa propaganda, não é? Tudo por uma boa imagem que traga retorno em dinheiro, muito dinheiro. Engraçado como 1 minuto pode mudar sua vida e um pensamento sobre tal produto; por exemplo, quando os homens vêem a propaganda da ANTÁRTICA, sentem uma vontade louca de ter uma Juliana Paes com aquele microbiquini e uma cervejinha bem gelada em cada uma de suas mãos. E então o que acontece depois da propaganda? O homem briga com a mulher por ela não ter um corpo escultural como a atriz e bebe cada vez mais quantidade de cerveja. A mulher aguenta o desaforo porque ainda sente algo pelo marido ou porque não quer magoar os filhos. E é isso que a mulher faz, aguenta! E depois tem que aguentar o maridão com o maior barrigão e um terrível bafo de cerveja!
Estive prestando atenção nos mais loucos comerciais. Dois que me chamaram mais atenção foi o da nova escova de dentes com "superpoderes" para limpar os dentes e a da lagarta do H2OH! Quer saber por quê? Fiquei pensando no fim deles... A escovinha de dentes que discute com a maior, que é a estrela do comercial, diz que quer ser igual à ela quando crescer. Ela não irá crescer, irá ser jogada fora! Não terá um final feliz como subentende o comercial! E a lagartinha? Luta para chegar até a garrafa do refrigerante e quando está quase perto, a mulher coloca o casaco como obstáculo. E a coitada tenta chegar perto da garrafa, iludindo-se que irá chegar... mal sabe ela que alguma criança malvada com uma lupa irá acabar com sua sofrida vida ou então alguma alma maldosa lhe esmagará! Todo aquele encanto de que o bichinho felizmente conseguirá uma gota do produto, vai por água abaixo!
Tudo o que vemos é só uma parte da história. Se os telejornais passam por edições antes de serem transmitidos ao público, por que as propagandas iriam contar algo real? As mulheres perfeitas não existem, os homens então... pura ilusão! Aquele casal feliz da propaganda de leite em pó que acorda mais lindo do que nunca, aquela criança que se rola na lama e a mãe fica sorrindo de longe ao em vez de dar uma surra, aquele chefe que está sempre com um sorriso estampado não existem! As pessoas têm problemas e são marcadas pela vida. E são essas marcas que as fazem seguir em frente e contar com orgulho suas histórias. Por isso, não é preciso desejar que a vida seja como em um comercial; nada do que é mostrado pode ser vivido para sempre! É claro que você pode acordar linda ao lado do seu amor, é claro que a mãe não precisa bater no filho, é claro que há pessoas que chegam perto da perfeição, mas elas também têm seus dias ruins e nem sempre agirão e serão da mesma forma. E é isso que deixa a vida mais feliz; a expectativa de não saber não tem preço; para todas as outras coisas existe Mastercard!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Letras Vivas

As palavras têm personalidade. Ou será que nunca pensou nisso? Cada uma é como nós! Tem vida "própria" e são capazes de transformar vidas quando uma vez dita. Palavras são como crianças. Quando pequenas estão sobre o controle dos pais mas depois que crescem largam a casa e fazem o querem. É claro que nós temos o poder de controlá-las, mas depois que saem de nossas bocas, não tem mais jeito!
Já reparou como palavras tão simples podem mudar o rumo de toda história? Um "eu te amo" diz tudo em três simples e curtas palavras; um "adeus" causa choro, abraços apertados e um nó na garganta que talvez só irá embora quando a saudade chegar; um "vá com Deus" transmite proteção; um "eu odeio você" causa um dos piores sentimentos do mundo para as duas pessoas: arrependimento; um "quero ficar com você" ao pé do ouvido provoca desejo; um "você está linda" causa um sorriso; um "me dá um beijo" significa o início de uma nova história e por aí vai... Palavras! Simples palavras! Como podem significar tanto? Como são capazes de transformar amor em ódio? Em questão de instantes, tudo está mudado por culpa delas! E alguém reclama? É claro que reclama; reclama de arrependimento quando disse o que não deveria dizer ou não disse quando deveria dizer! Por que sempre falamos as coisas erradas nos momentos errados? Quando estamos com raiva, raramente, medimos as palavras antes de proferí-las e sempre acabamos magoando alguém que amamos com a nossa indelicadeza! Palavras são mais fortes do que armas! Armas atiram e às vezes a bala fica perdida, mas a palavra não. Não, ela não se perde nunca! Sempre é achada, sempre, sempre! E sempre ferem alguém... Será que os gestos seriam suficiente para dizer tudo? É claro que um beijo vale mais do que mil palavras e às vezes o silêncio é a melhor resposta! Mas será que conseguiríamos viver sem elas?
Ai, palavras! Sem vocês não existiriam poetas, não existiram românticos, não existiriam brigas, não existiríamos!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

O dia que nunca chega

Ah... a infância! Vivemos rodeados de amiguinhos, trocamos merendas, brincamos, conversamos, fazemos cartinhas e tudo mais. Há sempre aquele amigo que você tem mais afinidade e que sempre estão juntos, os pais se conhecem e acabamos formando uma nova "família". De repente, o destruidor de ilusões chega e acaba com tudo aquilo que você pensava ser eterno. O tempo vai passando e as pessoas vão se afastando, ou porque o pai conseguiu trabalho em outro estado ou porque aquele seu amigo se mudou e esqueceu de avisar para onde estava indo...
Com esse mundo repleto de tecnologias e um site que se tornou essencial para alguns, o orkut, podemos reencontrar os velhos amigos desaparecidos ou então, fazer novas amizades. Depois de mandar infinitos recados uns para os outros, resolvemos marcar um encontro. Não é assim que funciona? Programamos um cinema ou um simples passeio. Em qual o dia? (Essa deve ser uma das perguntas mais impertinentes que existem! ) Quando um pode, dois não; Quando os três podem, algo acontece para impedir a reunião! Aí, começa a remarcação das datas que nunca chegam! E sempre citamos aquela famosa frase: "Vamos marcar! Vamos marcar mesmo!". Uma amiga e eu, estamos nessa frase há semanas, meses, talvez! E sempre dizemos através desse mundo mágico virtual: "Eu te ligo pra gente combinar!". E quem disse que o telefone toca? O mesmo acontece com a turma da faculdade. Começaremos nossas aulas em agosto porque a nossa querida Universidade se desorganizou administrativamente ano passado e por isso, nos deixará de molho mais três meses! Nesse meio tempo, marcamos um encontro que deu certo. Fomos à uma feira literária, prato feito para futuros estudantes de Letras! É claro que nem todos puderam comparecer! Agora, estamos tentando marcar um segundo encontro. Em nossa comunidade, já há uns três tópicos que falam sobre esse assunto e sempre acabamos fugindo deles, e acredite, não é proposital! E então? Adiamos, adiamos e adiamos... e nesse tempo, marcamos com os outros amigos, que marcam com outros amigos, o que nos matém ocupados sem fazer nada além de esperar o dia que nunca chega...

terça-feira, 6 de maio de 2008

E agora?

Uau! São tantos times, tantas discussões, brigas, gritos, palavrões... tudo isso apenas porque as cores das camisas e os símbolos são diferentes! Está certo que para algumas pessoas o time é como se fosse a sua nacionalidade, por exemplo, daria no mesmo chamar um brasileiro de argentino que chamar um vascaíno de flamenguista! ( o que não vejo nenhum mal, mas parece que é uma ofensa grande, que provavelmente tem um motivo tão fútil que nem vale a pena tentar descobrir). Atualmente, estou em um dilema incrível! Flamengo ou Vasco? Tenho grandes amigos flamenguistas e outros vascaínos! E agora? O que fazer? Se eu "torcer" pra um, o outro fica triste; se eu torcer pro outro, o um fica aborrecido! A solução seria torcer para... nenhum? Pois é! Também penso assim! Ou até para não ser tão "anti-social" torcer pra algum outro que não seja algum desses dois! Se você for vascaíno e estiver lendo esse post, provavelmente irá dizer: "essa menina não sabe nada de nada sobre futebol e ainda reluta em se tornar vascaína?" Ou no caso dos flamenguistas: " Ela irá desistir do melhor time do Rio?" . O caso é que não reluto; apenas não vejo lógica em sair gritando porque um cara (que ganha uma fortuna) acertou ou errou a bola dentro da rede! Ou então, xingar aos extremos porque um monte de homem de perna grossa está brigando pra ver quem fica com a bolinha! Ignorância de minha parte? Pode até ser, mas conheço pessoas que chegam a passar mal quando estão assistindo ao futebol. Isso é algo extremamente absurdo! Há tantas coisas importantes pra se preocupar e a pessoa infarta justamente porque o jogador não fez o gol que ela desejava? Em alguns jogos, ocorrem mortes causadas por estúpidos torcedores! Há resposta aceitável para esse tipo de comportamento? Não, é claro que não! Deve ter vindo desse pensamento a minha singela aversão pelo futebol, ou melhor pelos times.
No entanto, é claro que na Copa eu torço alegremente pelo meu país e mais nenhum outro! Nem preciso dizer que se perder, também não será o fim do mundo pra mim, não é? Veja bem, não estou criticando todos os torcedores; critico apenas o fanatismo de alguns! É fato que o futebol é uma das grandes marcas do Brasil, mas que tal se transformarmos um pouco dessa intensa paixão pelos times em reformas para nosso país? Seria um bom começo...
Sei que o principal motivo de o futebol existir não é causar de infantis rivalidades; isso depende de cada um decidir o que é melhor para si mesmo. Ou a pessoa decide morrer pelo seu time ou apenas se deixar levar pelo motivo verdadeiro e sensato do jogo: a diversão! E é exatamente isso que vou fazer; Apenas me divertir! Sem pensar em quem está ganhando ou perdendo, sem pensar em quem fez o 94° gol, sem pensar nas raízes históricas de cada time, sem pensar!

- OBS: Meus amigos cruzeirenzes, botafoguenses, fluminenses e palmeirenses citei apenas esses dois times (flamengo e vasco), não por descaso com os seus, apenas porque são os dois que estão gerando mais polêmica pra mim! Amo todos vocês!